O Brasil perde a “mãe” da renovação da história




O Brasil perdeu, no dia 29 de novembro, uma de suas mais importantes e inovadoras historiadoras – Maria Yedda Linhares, que deixou a vida aos 90 anos de idade. Formada em história em 1943, pela então Universidade do Brasil, ela foi – em 1954 – a primeira mulher, na universidade brasileira, a assumir uma cadeira de história, naquela instituição.
Aposentada compulsoriamente pela ditadura, em 1968, exilou-se na França, onde se tornou amiga dos luminares da “École des Annales”, entre eles Fernand Braudel.
Voltou ao Brasil em 1974 e, dois anos depois,  foi convidada pela Fundação Getúlio Vargas (RJ) para montar um programa de mestrado, que resultou no Centro de Pós-Graduação em Desenvolvimento Agrícola. Juntou, ali, um grupo de jovens historiadores cujas pesquisas renovaram, em profundidade, a história da escravidão e da colônia, rompendo com velhos paradigmas dominantes. Entre suas obras destaca-se o livro que organizou com sua equipe, “História Geral do Brasil” (Editora Campus, RJ, 1990).
(Foto: Arquivo de Imagem da UFRJ)
(03/12/2011) 

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